Após alcançar US$ 100 milhões com a venda do filme animado “Trolls 2” no mundo digital do pay-per-view, grandes grupos de salas de cinemas americanos como a AMC Theatres decidiram boicotar o estúdio Universal Studios e sua subsidiária DreamWorks.

​

A decisão de não aceitar mais filmes da Universal, veio após Jeff Shell (CEO da NBC Universal), falar ao Wall Street Journal sobre as expectativas do conglomerado de mídia e do cenário mundial atual do Mercado cinematográfico.

​

“Eu acho que os consumidores voltarão aos cinemas quando puderem, mas o streaming será parte do esquema de distribuição, querendo ou não. Mesmo que seja como uma oferta complementar”

– disse Shell.

​

De acordo com uma entrevista de Peter Csathy (presidente da Creatv Media) para o site de entretenimento Variety, a intenção dos grandes estúdios hoje é clara e, a crise do coronavírus acaba sendo oportuna para testes de aderência dos serviços de streaming e a venda online de blockbusters nas lojas virtuais.

​

 “Isso é algo que os estúdios querem tentar há muito tempo, então é compreensível que eles tenham tentado isso... Há um público cativo, então é um teste artificial, mas, mesmo assim, esse grande experimento revelará que tipo de números podem ser feitos com esse novo tipo de versão” – disse Csathy.

​

Já o CEO do Cinemark, Mark Zoradi, acredita que a intenção da Universal de lançar a nova produção direto nos canais digitais como Amazon, Comcast, Apple, Vudu, Google/YouTube e DirecTV, tem haver com contratos de parceria e merchandising, marcas como McDonald’s que usa o selo do filme para os mini consumidores do Mc Lanche Feliz.

​

Resumindo a situação, nesse jogo de gigantes quem acaba vencendo o embate é o próprio expectador, que acaba ganhando mais opções de telas para seu entretenimento familiar, principalmente dos dias atuais de quarentena, onde as medidas de isolamento social acabam deixando as pessoas mais tempo dentro de casa.