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Olympo é só mais uma Elite? Série bomba na audiência, mas futuro segue incerto

Com cenas provocantes e audiência em alta, série espanhola levanta debate sobre o limite entre entretenimento e exploração.


Publicado por LIPE JUSTINO

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Créditos: Foto Divulgação / Netflix

Lançada em 20 de junho de 2025, a série espanhola Olympo, da Netflix, rapidamente se posicionou entre os maiores sucessos da plataforma no Brasil — e em diversos países da América Latina. Com mais de 3,2 milhões de visualizações e cerca de 20,5 milhões de horas assistidas, a produção do Zeta Studios atraiu atenção tanto pela sua ambientação esportiva quanto pelas polêmicas que despertou.


A trama acompanha Amaia, capitã da seleção de nado sincronizado, que vê sua posição ameaçada após sua amiga Núria superar seus resultados de forma suspeita. O centro de alto rendimento onde treinam esconde dilemas sobre doping, obsessão por performance, identidade e os limites éticos do esporte de elite.


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Apesar de sua popularidade, a série foi alvo de críticas contundentes. Sites como Decider acusaram Olympo de apostar em “corpos bonitos em movimento, sem estrutura de roteiro”. Já o portal AM POST alertou sobre “a sexualização gratuita de jovens atletas”, que serve mais ao impacto do que ao desenvolvimento dramático.


Outro ponto recorrente nos comentários foi a superficialidade emocional dos personagens — descritos como “rasos, pouco empáticos e sem densidade psicológica”, conforme análise da LeisureByte. A exceção, segundo o Flixlândia, é o personagem Roque (Agustín Della Corte), que “traz alguma verdade emocional ao enredo”.


Apesar das ressalvas, a estética da série foi elogiada — especialmente nas sequências aquáticas e momentos de treino. No entanto, muitos críticos apontaram que o visual refinado serve mais como distração do que como complemento narrativo.


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Com essa mistura de sucesso de público e críticas pesadas, Olympo inevitavelmente passou a ser comparada à icônica Elite — não apenas por sua abordagem provocativa, mas também pela origem em comum, já que ambas compartilham criadores e o Zeta Studios. Enquanto Elite mergulhava nos dramas adolescentes em um colégio de elite, Olympo aposta na tensão esportiva e no alto desempenho físico, mas parece repetir o padrão: estética acima da substância.


A segunda temporada ainda não foi confirmada oficialmente pela Netflix, mas os indícios de continuação são fortes, especialmente considerando o final aberto e o alto engajamento do público.


Olympo pode não levar ouro na crítica, mas conquistou uma medalha no coração da audiência jovem — nem que seja pelo choque.


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Créditos: Foto Divulgação / Netflix
 
 
 

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