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Warner Bros. Discovery se parte ao meio: salve-se quem puder!

Cisão cria duas gigantes: uma focada em streaming e estúdios, outra em canais tradicionais de TV.


Publicado por REDAÇÃO

(Créditos: Reprodução)

A Warner Bros. Discovery (WBD) anunciou nesta segunda-feira, 9 de junho de 2025, que será dividida em duas empresas públicas independentes, com conclusão prevista até meados de 2026. A cisão será realizada por meio de uma operação isenta de impostos nos Estados Unidos, representando um dos movimentos mais ambiciosos — e polêmicos — do setor de mídia nas últimas décadas.


(Fontes: Reuters, Fast Company, The Guardian)


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Por que a empresa está se dividindo?


O principal motivo é a transformação radical no consumo de mídia: o streaming cresce a passos largos, enquanto os canais tradicionais de TV a cabo perdem relevância. A separação permitirá que cada negócio tenha foco estratégico e maior autonomia operacional, além de atrair investimentos mais específicos para seus desafios.


As duas novas empresas: foco total em especialização


Streaming & Studios


Liderada por David Zaslav, atual CEO da WBD, essa empresa reunirá os ativos mais valiosos e criativos do grupo: HBO, Max, Warner Bros. Pictures, Warner Bros. Television, DC Studios, parques temáticos, games, licenciamento de produtos e estúdios de produção.

Zaslav afirmou em nota oficial:

"Essa separação é a melhor maneira de destravar valor para nossos acionistas, enquanto posicionamos nossos ativos premium para crescimento sustentável."

A empresa projeta gerar até US$ 3 bilhões anuais em EBITDA, com foco em conteúdo original e distribuição global.


Global Networks


Comando de Gunnar Wiedenfels, atual CFO da WBD, essa divisão ficará com os canais lineares tradicionais, como CNN, TBS, TNT, Discovery Channel, Discovery+, TNT Sports e Bleacher Report.


Essa empresa herdará a maior parte da dívida da WBD, estimada entre US$ 34 e 38 bilhões. Ainda assim, manterá 20% de participação na empresa de streaming, o que poderá gerar receita adicional futuramente.



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Bastidores financeiros da cisão


Para viabilizar a operação, a WBD contratou um empréstimo de US$ 17,5 bilhões com o J.P. Morgan. A empresa também conta com assessoria da Evercore e consultoria jurídica da Kirkland & Ellis.


A operação ainda precisa passar por aprovações regulatórias, pareceres fiscais e aval do conselho administrativo, com previsão de conclusão até meados de 2026.


Mercado reage com entusiasmo — mas nem todos confiam


As ações da WBD subiram até 13% no pré-mercado, encerrando o dia com alta entre 6% e 9%, refletindo o otimismo dos investidores. Muitos enxergam a separação como uma oportunidade para liberar valor e tornar os negócios mais eficientes.


Mas há ceticismo. Um analista ouvido pela Reuters comentou:

"Estamos olhando para um movimento típico de engenharia financeira para aliviar a percepção de risco, mas que não resolve o problema estrutural."

E agora? O que esperar das novas empresas?


A empresa de streaming deve apostar em crescimento acelerado, inovação e expansão global, enquanto a divisão de TV linear buscará estabilidade financeira e redução da dívida.


O movimento pode pressionar outras gigantes, como Comcast e The Walt Disney Company, a repensarem suas estruturas. A separação da WBD pode marcar um divisor de águas na história da mídia global.


Conclusão


A Warner Bros. Discovery decidiu se adaptar antes que fosse forçada pelas circunstâncias. O sucesso ou fracasso dessa estratégia dependerá da execução operacional e da reação do público.


No fim das contas, a pergunta que fica é: isso é um passo ousado rumo ao futuro ou um sinal de crise profunda no modelo tradicional de mídia?

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