Bia Borinn provoca com nova série da Netflix: “Espero que incomode muito”
- por REDAÇÃO

- 9 de jul.
- 3 min de leitura
Em “The Gringo Hunters”, dos criadores de Narcos: México, atriz brasileira vive personagem intensa em trama que inverte papéis na imigração. Série estreia dia 9 de julho na Netflix com olhar latino sobre os EUA.
Publicado por LIPE JUSTINO

Créditos: Foto Reprodução
A atriz Bia Borinn está na nova aposta da Netflix, a série “The Gringo Hunters”, que estreia em 9 de julho e promete gerar debates. A trama, inspirada em fatos reais e criada pelos mesmos produtores de “Narcos: México”, inverte os papéis tradicionais da imigração: agora são os mexicanos que caçam e deportam americanos ilegais.
“Espero que incomode muito! Porque o que está acontecendo nos EUA vai contra a constituição, é antidemocrático. Sempre se criminalizou os latinos. E agora, com americanos ilegais e mexicanos como heróis, talvez a narrativa dominante seja questionada”, dispara Borinn, que vive uma personagem ainda mantida em segredo, mas que ela define como “surpreendente e carregada de simbolismo”.
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Radicada há mais de uma década nos Estados Unidos, Bia Borinn tem um currículo que vai de teatro e TV à apresentação cultural. Em “The Gringo Hunters”, ela atua em espanhol, sua terceira língua, e passou por uma preparação intensa com dois nomes de peso: Eduardo Milewicz e Milton Justice, vencedor do Oscar e mentor de Mark Ruffalo e Margo Martindale.
O teste exigiu mais do que talento: a personagem exigia cabelos longos, e Borinn, que usa fios curtos, resolveu a questão com um aplique. “Foi um teste em que eu estava muito preparada, apesar do nervosismo. Tinha essa sensação de ‘estou apresentando minha versão da personagem’, não tentando agradar ninguém. E isso nem sempre é fácil para nós, atores”, contou.
Nos bastidores, a série também conta com outro nome brasileiro: o diretor de fotografia Adrian Teijido, conhecido por “Marighella” e pelo vencedor do Oscar 2024 de Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui”. “Tudo o que uma atriz quer é ser amiga do diretor de fotografia! O Adrian é espetacular. Os planos dele na série estão lindos de tirar o fôlego”, elogia.
Gravada no México, a série proporcionou uma troca rica com artistas de diversas nacionalidades. “Com quem mais contracenei foi Regina Nava, uma atriz mexicana em ascensão. Tivemos cenas intensas e pude aprender sobre o mercado audiovisual mexicano, que é muito forte”, destacou. Sobre a experiência no país, ela comentou: “Sou de São Paulo, e me senti completamente em casa no México. A conexão cultural foi instantânea.”
Mas Bia Borinn não para por aí. Ela também estará em “All’s Fair”, nova série da Hulu dirigida por Ryan Murphy, ao lado de Naomi Watts e Kim Kardashian, com estreia prevista para novembro. E prepara ainda um musical brasileiro que será produzido em Los Angeles.
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Além de atuar, Bia também se destaca na área educacional. Recebeu um reconhecimento da UCLA pelo projeto “Brazilian Play and Learn”, que promove o português entre famílias brasileiras nos EUA. Já teve aulas com mestres como Harold Guskin, preparador de Glenn Close, Bon Jovi e James Gandolfini, e estagiou com o britânico Alan Ayckbourn.
Borinn também tem forte vínculo com o Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF), onde foi apresentadora oficial por três anos consecutivos. Este ano, será o rosto do pôster oficial da 18ª edição do festival.
Com atuação afiada e discurso firme, Bia Borinn se consolida como uma artista multifacetada, que atua, provoca, representa e transforma.de uma geração que cresceu com suas atuações intensas e sedutoras.























































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