O velório será aberto ao público na Associação Brasileira de Imprensa, ABI, neste domingo (07) a partir das 10h.
Por LIPE JUSTINO
João Guilherme estreia em "Da Ponte Pra Lá", nova série da Max (Foto: Reprodução)
O cartunista Ziraldo, criador do célebre personagem “O Menino Maluquinho”, morreu na tarde deste sábado (6), em seu apartamento no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio, às 14h30, no Rio de Janeiro, aos 91 anos, de falência múltipla dos órgãos. A informação foi confirmada por Daniela Thomas, filha do artista ao site Splash do UOL.
Nota oficial da assessoria do artista:
"Ele simplesmente parou de respirar. Já eram seis anos acamado, e começou ultimamente a ficar com muita fraqueza, ter muita febre."
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Ziraldo, em momento de trabalho, em foto de arquivo de 18 de maio de 1969. — Foto: IARLI GOULART/ESTADÃO CONTEÚDO
Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932 em Caratinga (MG), onde passou a infância. Mais velho de uma família com sete irmãos, foi batizado a partir da combinação do nome da mãe (Zizinha) com o nome do pai (Geraldo). Leitor assíduo desde a infância, teve seu primeiro desenho publicado quando tinha apenas seis anos de idade, em 1939, no jornal “A Folha de Minas”. Iniciou a carreira nos anos 1950, na revista “Era uma vez…”. Em 1954, passou a fazer uma página de humor no mesmo “A Folha de Minas” em que havia estreado. Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No mesmo ano, entrou para o time das revistas “A Cigarra” e, depois, “O Cruzeiro”. Em 1958, casou-se com Vilma Gontijo, sua namorada havia sete anos. Tiveram três filhos, Daniela, Fabrizia e Antônio. Já na década seguinte, destacou-se por trabalhar também no “Jornal do Brasil”. Assim como em “O Cruzeiro”, publicou charges políticas e cartuns. São dessa época os personagens Jeremias, o Bom, Supermãe e Mineirinho. No período, pôde enfim realizar um “sonho infantil”. Ele se tornou autor de histórias em quadrinhos e publicou a primeira revista brasileira do gênero com um só autor, sobre a “Turma do Pererê”. A revista deixou de ser publicada em 1964, a partir do início do regime militar. Cinco anos mais tarde, Ziraldo fundou, com outros humoristas, “O Pasquim”. Com textos ácidos, ilustrações debochadas e personagens inesquecíveis, como o Graúna, os Fradins ou o Ubaldo, o semanário entrou na luta pela democracia.
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O velório será aberto ao público na Associação Brasileira de Imprensa, ABI, neste domingo (07) a partir das 10h.
Fica aqui o registro da equipe do ZZ, dos nossos sentimentos aos familiares, amigos, colegas de profissão e fãs do artista.
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